domingo, 26 de abril de 2009

Crenças e Convicções - parte 1

"Nada de esplêndido jamais foi realizado, exceto por aqueles que ousaram acreditar que algo dentro deles era maior do que as circunstâncias.” Bruce Barton

“O homem sensato se adapta ao mundo. O homem insensato adapta o mundo a si. Portanto, todo progresso depende do homem insensato.” George Bernard Shaw

 

Hoje vamos falar sobre um dos pilares da nossa experiência diária: Nossas Crenças e Convicções. Como este é um assunto importante e complexo, vamos nos dividir em duas sessões mais curtas, sendo hoje a primeira. Nossas crenças são a nossa bússola, nosso princípio orientador. Nós agimos como se elas fossem verdade, que elas sejam ou não. Elas não são lógicas nem podem ser comprovadas, e exatamente nisso é que reside a sua força. Pense numa crença como uma idéia anexada de um sentimento de certeza! E quando essas crenças e convicções dizem respeito às nossas capacidades, à nossa saúde ou ao mundo em geral, é bom que a gente esteja atento a elas, porque é aí é que a porca torce o rabo.

As suas crenças e convicções em relação a si mesmo e ao mundo vão determinar inclusive as coisas que você vai ou não tentar realizar na sua vida! Só que a maioria das pessoas pensa nas crenças como coisas imutáveis, quando na verdade são apenas idéias, enraizadas profundamente por um sentimento de certeza. E como é que se forma esse sentimento de certeza? A partir de referências que assumimos como verdadeiras. Por exemplo, uma mulher se sente sexy, atraente, enquanto a outra não. Você pergunta às duas como é que elas chegaram a essa conclusão, e elas te dão a mesma resposta. A primeira diz que os homens dizem que ela é atraente e ela acredita. A segunda diz que os homens dizem isso só pra tirar proveito dela,  e que ela sabe que não é atraente de verdade. Uma pessoa acredita que as coisas darão certo pra ela, e quando realmente dão, isso reinforça sua crença. Outra pessoa acredita que as coisas sempre vão var errado e, quando realmente dão errado, ela tem certeza de que estava certa. É preciso quebrar esse círculo vicioso.

Eu costumava acreditar que era jovem demais pra ensinar as pessoas sobre qualidade de vida, que ninguém iria me dar crédito. De repente percebi que isso era um disparate, que eu não devia carregar nenhuma dessas generalizações que me botavam pra baixo. Jovem demais pra que? Como é que eu ia adivinhar o que se passa na cabeça dos outros? E mais: quem pensasse isso na verdade teria as suas próprias razões, o que não tem nada a ver comigo. Resolvi encarar a questão de outra maneira: hoje penso que juventude é força e energia, e que isso pode ser passado através da minha atitude e posicionamento na vida. E quando eu estiver mais velho, com certeza vou me reposicionar, dando ênfase agora à sabedoria que acumulei com o tempo. O importante é que você monte para si mesmo uma psicologia fortalecedora, que tire o melhor de cada experiência, deixando você mais forte e mais sábio. Essa é uma percepção libertadora, porque você pode moldar suas crenças e convicções a partir de agora.

Outra armadilha muito comum é que nós tendemos a pensar que as crenças têm que ser verdadeiras ou que tem que ser provadas. Na filosofia do yoga isso tem pouca importância. O que importa é se suas crenças funcionam pra você, se te fortalecem ou se te puxam pra baixo. Lembre-se: se você acredita que pode, ou se acredita que não pode, de qualquer maneira você está certo.

É possível que você tenha convicções a respeito de si mesmo que seja enfraquecedoras? Tipo, “eu nunca levei jeito pra nada”, ou “não sou muito inteligente mesmo” ou “não sou atraente o suficiente”?

Será que você carrega convicções a respeito da vida, das outras pessoas ou até de si mesmo que são, digamos, menos que fortalecedoras? Seria útil pra você, se acreditasse no contrário?

Seu dever dessa semana é simples: identifique 2 crenças ou convicções sobre o mundo, a vida, as pessoas ou sobre você mesmo, que você sabe que te atrapalham. Encontre exemplos de referências que te mostrem o contrário. Pergunte a si mesmo: se eu quisesse acreditar no oposto dessa minha crença enfraquecedora, quais seriam minhas referências? Se houvessem referências pra me mostrar, por exemplo, que sou inteligente em vários aspectos da minha vida, quais seriam?

E pra finalizar, escolha duas crenças fortalecedoras que gostaria de substituir por elas. Na semana que vem, vamos realmente passar pelo processo de substituição das crenças e convicções, e eu vou guiar o processo, mas por hora, é muito importante que você identifique as crenças que tem a respeito de si mesmo ou do mundo que você já sabe que roubam a sua força. Passe essa semana tomando consciência de como essa crença te atrapalha no dia-a-dia, e escolhendo a crença que você gostaria de ter o lugar. Anote tudo em seu diário ou em um caderno, e semana que vem nos encontramos pra fazer essa substituição, essa reprogramação e recondicionamento numa direção completamente nova! Até lá e tenha uma ótima semana!

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